No início, quando fundamos a empresa em 2018, utilizamos o modelo presencial de trabalho. Naquela época, pelo menos aqui no Brasil, era a forma predominante. Porém, com a chegada da pandemia em 2020 nos vimos obrigados a adotar o modelo 100% remoto.
Após reuniões entre os gestores e times, no ano seguinte migramos, gradativamente, para a modalidade presencial novamente. Entendemos, contudo, que o trabalho remoto era um caminho sem volta e, no último trimestre de 2021, iniciamos o processo de transição definitiva para o modelo Remote First.
Quebra de paradigmas e vantagens
A pandemia, sem dúvidas, ajudou a acelerar a transformação de vários aspectos nos negócios. Um deles é o fato de que os colaboradores precisam estar dentro de um escritório para trabalhar de forma produtiva. E o dia a dia nas empresas mostrou que, principalmente, quem trabalha com foco em entregas pode ter uma produtividade muito maior trabalhando de casa ou qualquer lugar que se sinta confortável, em horários mais flexíveis.
Não somos robôs. Existem momentos do dia que nos sentimos mais produtivos e outros nem tanto. O modelo remoto flexível permite que cada um possa extrair o seu melhor nos momentos em que se sente mais produtivo. Além disso, possibilita que as conciliem as rotinas diárias com o trabalho, estando mais presentes na vida de suas famílias, por exemplo. Isso fez com que as pessoas fossem mais motivadas naturalmente para exercer suas atividades. Analisando cada uma dessas vantagens, optamos pelo modelo Remote First.
Deixamos de limitar a Multipedidos aos talentos locais e amplificamos para diversas pessoas extremamente capacitadas em todo o Brasil, por que não dizer no mundo?
Desafios e mudança de mentalidade
Um dos principais desafios é manter a equipe coesa e alinhada. Em um modelo presencial é mais fácil criar uma conexão mais forte, seja nos momentos de descontração ou até mesmo nas relações de trabalho entre os colegas.
Para quem trabalha com equipes híbridas vai uma dica: mantenha sempre o mesmo padrão de comunicação, tanto para quem está no escritório quanto remotamente. O que muitas vezes acontece é que a equipe que está no escritório acaba tendo acesso a mais informações que a equipe remota. Desta forma, adotar o modelo Remote First exige, acima de qualquer coisa, uma mudança na cultura de toda a comunicação da empresa. Todas as informações precisam estar facilmente acessíveis e disponíveis a todos.
Maurício Montiel
CEO